Com preços mais justos, inDrive quer ganhar espaço da Uber e 99 entre apps de corrida
- REDAÇÃO AB
- 3 de nov. de 2022
- 3 min de leitura
No Brasil desde 2018, aplicativo realiza, em média, cerca de 8 milhões de viagens por mês, com taxas 30% menores para motoristas
Oferecer uma plataforma em que o usuário pode negociar diretamente com o motorista o preço da viagem é a forma que o aplicativo inDrive, antigo “inDriver”, encontrou de se firmar no competitivo mercado de empresas de transporte por app dominado por nomes como Uber e 99. Mesmo sem tanta fama, a solução não é nova. Surgiu em 2013 como uma resposta aos preços injustos dos serviços de táxi na Sibéria, uma das regiões mais frias do mundo, e logo se tornou uma plataforma com mais de 4 milhões de transações diárias de usuários em todo o mundo. O nome inDriver era originalmente a abreviação de “Independent Drivers”, ou seja, um grupo de motoristas independentes coordenados por meio de redes sociais, como conta a história dos primórdios da companhia. Agora, conhecido como inDrive, abreviação para “Inner Drive”, ou "Direção Interna", em português, o aplicativo está disponível em mais de 700 cidades em 47 países nos cinco continentes. “O projeto começou a crescer de uma forma fora do comum porque as pessoas viram que era um jeito mais justo de fazer corridas. A partir daí foi criada a startup, com um modelo de carona que não é de domínio da plataforma, mas sim do usuário e do motorista. Essa é a diferença”, explica Leandro Volcov, gerente de relações públicas do inDrive no Brasil. Negociação entre usuário e motorista Ao entrar no aplicativo e preencher os campos de “local de partida” e “destino”, a plataforma sugere ao usuário o valor que, normalmente, a corrida custaria para o trajeto. O cliente pode oferecer ao motorista um preço que pode ser menor ou maior que o sugerido e o condutor, por sua vez, tem a liberdade de aceitar a tarifa ou fazer uma contraproposta. “O motorista tem uma visualização inteira da corrida e consegue fazer um balanço se vale a pena ou não. Se o preço que eu colocar for interessante, ele aceita ou pode fazer uma contraproposta. Assim, começa uma negociação em que a plataforma não intermedia, só dá o espaço para que você tenha seu poder de decisão junto ao motorista”, complementa o gerente de RP. Brasil e a demanda por viagens com preços justos O negócio chegou ao Brasil em 2018 e se consolidou com mais força entre 2021 e setembro de 2022, quando alcançou 7 milhões de downloads do aplicativo. A companhia conta com uma rede de 150 mil motoristas no país, que realizam em média 8,6 milhões de corridas por mês. Segundo o Volcov, países emergentes e em desenvolvimento como o Brasil passam por uma maior demanda por viagens com preços mais justos. “O país sozinho se configura como um mercado chave para o negócio em escala global e está entre os cinco maiores de todos os 45 que estamos no mundo. O Brasil é responsável por 10% de todas as viagens realizadas na plataforma globalmente”, detalha. Embora São Paulo seja a cidade onde a inDrive possui maior potencial de negócios, o aplicativo ganhou mais adesão dos passageiros no Nordeste, principalmente nas capitais Recife (PE) e Salvador (BA). “A gente tem muito entrada no nordeste. Estamos pulverizados, não conglomerados”, pontua o gerente de RP, acrescentando que a taxa fixa de no máximo 9,5% por viagem atrai os motoristas para a plataforma por ser quase 30% menor do que em outros aplicativos do segmento.
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