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Lexus quer vender quase três vezes mais veículos no Brasil em 2023

  • REDAÇÃO AB
  • 27 de abr. de 2023
  • 4 min de leitura

Marca de luxo da Toyota emplacou 390 unidades em 2022 e pretende licenciar 1.000 modelos este ano


A Lexus apresentou o RX 500h, nova geração do utilitário esportivo, no mesmo dia em que a toyota anunciou investimento de R$ 1,7 bi em sua fábrica de Sorocaba (SP). Esta, contudo, não é a primeira vez que a divisão é ofuscada pela matriz. No entanto, pode ter sido a última.

Isso porque Koji Sato, atual CEO da Toyota Motor Corporation, além de ter estado à frente da Gazoo Racing, foi presidente da marca de luxo. Portanto, para o executivo, a Lexus é uma espécie de menina dos olhos e não à toa capitaneará o ciclo de lançamento de veículos puramente elétricos do grupo – que pretende atingir a marca de 3,5 milhões de veículos vendidos com tal tecnologia até 2030.


Lexus tem plano de vendas ambiciosos para o Brasil


Se a Lexus é uma das grandes vedetes do todo-poderoso da Toyota, obviamente que não deixaria de ter planos ambiciosos para mercados como o Brasil. Para a marca de luxo, 2023 será um ano de recuperação e de sequência do seu processo de reposicionamento no país.

A divisão cobiça um volume de 1.000 unidades comercializadas em nosso país até o fim do ano. Número expressivo, se levarmos em consideração períodos anteriores.


Em 2022, por exemplo, foram apenas 390 unidades licenciadas. Com isso, em suma, a Lexus pretende quase três vezes mais carros no Brasil em 2023. Meta que, segundo José Ricardo Gomes, gerente geral comercial da Toyota – e também responsável pela marca de luxo – é absolutamente tangível, alcançável.

"Em 2019 chegamos a vender 1.200 carros. Em 2020, 2021 e 2022, mais especificamente nos dois últimos anos, tivemos muitos problemas em decorrência da falta de componentes. Se olharmos os números da Toyota nesse período, eles ficaram relativamente estáveis, pois temos a produção local e gerenciamos bem a questão dos componentes. No caso dos produtos importados foi muito mais desafiador, como no caso da Lexus", explanou o executivo.


Gomes, todavia, enfatizou que tais problemas não afetaram a marca apenas em nosso mercado. A Lexus vendeu no mundo todo pouco mais de 625 mil unidades em 2022, o que representa queda de cerca de 20% ante 2021.

Para o Brasil, por conta da supracitada falta de componentes, a divisão ficou com cobertor curto, o que, para o diretor comercial, prejudicou consideravelmente o desempenho da marca. Tal deve mudar em 2023.

"No ano passado tivemos muito pouca disponibilidade do NX. Teremos mais ou menos 500 unidades deste modelo ano e consideramos que este seja o grande motor do crescimento da Lexus em 2023. Nos anos anteriores, na realidade, vendemos o antigo NX, o antigo ES... Essa mudança do portfólio vem ocorrendo desde 2021, só que a passos lentos, e segue agora em 2023 com mais veículos à disposição do consumidor", destaca.


Rede de concessionárias Lexus deve crescer


Como já mencionado anteriormente, 2022 foi um período de transição para Lexus no Brasil. Segundo José Ricardo Gomes, a marca "basicamente reestruturou a rede de concessionários" no ano passado.

Atualmente, a divisão tem nove lojas nos principais centros metropolitanos do país, e os clientes ainda contam com o amparo da rede Toyota. Mesmo assim, o executivo ressaltou que o foco está no crescimento.

"Tivemos uma reunião com os concessionários e todos se mostraramo muito esperançosos. Estão investindo em facilities, na parte infraestrutural das lojas, em pessoas e recontratando equipes", frisou Gomes. "A gente precisa crescer a rede em algumas regiões e, com esses novos produtos, com conectividade, a marca pode ter papel muito estratégico para a Toyota aqui no nosso país", completou.


Justamente por conta do aumento gradual do portfólio e, por conseguinte, da disponibilidade de modelos, a expectativa é que a Lexus tenha mais concessionárias no Brasil muito em breve.

"Acho que no médio prazo, não digo esse ano, mas temos uma expectativa sim de aumento da rede. O crescimento do volume é consistente. Nossa expectativa é que comece com esses mil carros em 2023, mas que esse número aumente nos próximos anos", frisou o diretor comercial.


Novo RX chega para incrementar portfólio da Lexus


E, agora, vamos ao lançamento da Lexus no país. O novo RX 500h, modelo flagship da divisão, tem papel interessante no Brasil. A marca traz o modelo em versão única, F-Sport, equipada com motor turbo a combustão 2.4 de quatro cilindros e dois propulsores elétricos. Juntos, rendem 371 cv de potência e 46 kgfm de torque. O SUV de luxo vem com a transmissão Hybrid Transaxle, sem correias e polias, de seis velocidades.

De acordo com a Lexus, a nova geração do SUV de luxo já pode ser encontrada nas revendas. O utilitário será comercializado, ao menos num primeiro momento, por preço a partir de R$ 564.990. A marca de luxo diz que 150 unidades do modelo virão para o Brasil este ano por meio de pedidos escalonados. A divisão crê que o RX tenha tamanha procura que até "falte no mercado".

Entre os principais itens de conveniência e segurança destacam-se acabamento em couro no volante e na manopla de transmissão, pedaleiras em alumínio, carregador por indução para smartphones, central multimídia com tela de 14” e espelhamento de aplicativos como Google Maps, Waze, Spotify e WhatsApp e recurso de controle por voz que permite ajustes por meio da frase "Olá Lexus".

O RX dispõe ainda de ar-condicionado digital de três zonas, sete airbags, sistemas de saída e mudança de faixa, alerta de colisão frontal, farol alto adaptativo, alerta de ponto cego e radar de verificação de perímetro. Este último detecta veículos, segundo a marca, que se aproximem por trás a fim de evitar colisões com a porta aberta.

Por fim, vale ressaltar que a Lexus optou por não trazer a versão híbrida plug-in do novo RX. Além de atribuir tal à escassez de baterias, a marca explica que, embora a configuração tenha ficado de fora dos planos iniciais, não foi descartada.

Aqui no Brasil temos que começar a trabalhar em produtos [que façam sentido] para o nosso país. Infelizmente, temos questões que envolvem infraestrutura, legislação, impostos, tributação, câmbio flutuante que são muito complicadas. Não é fácil planejar nesse cenário, mas acredito que há um caminho bem interessante pela frente", finalizou José Ricardo Gomes.


 
 
 

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