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Locadoras de automóveis fecharam 2021 com 1,136 milhões de carros, alta de 12,8% no ano

  • Blog das Locadora
  • 10 de mar de 2022
  • 4 min de leitura

As locadoras do Brasil atingiram em 2021 uma frota total de 1,136 milhão, crescimento de 12,8% na comparação com a frota registrada no final de 2020.

Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), nesta terça-feira. No ano passado, as locadoras emplacaram 441,8 mil carros, contra 360 mil um ano antes. O setor tinha estimativa de emplacar 420 mil veículos no ano. O salto, conforme explicou o conselheiro gestor da entidade, Paulo Miguel Junior, veio diante da mudança das novas regras de emissões e consumo para veículos produzidos no Brasil, o chamado Proconve L7. “Não esperávamos todo esse volume no final do ano. Por conta da mudança nas regras, a indústria precisou desovar os veículos de L6. Isso aumentou a participação do setor no total de emplacamentos para 25,55% (percentual que historicamente ronda os 20%)”, disse Miguel Junior, durante coletiva com jornalistas. Crescimento de 12,8% Miguel Junior disse que a indústria precisaria ainda de uns 600 mil veículos para conseguir regular os estoques e avançar com o processo de renovação de frota. O segmento, entretanto, espera receber neste no algo perto de 400 mil veículos. Ou seja, perto ou no máximo igual o registrado no ano passado. “Temos perspectiva de continuar a compra em torno de 20% a 22% dos emplacamentos anuais”, disse. E emendou: “Se indústria produzir mais, podemos aumentar compra. Mas provavelmente a indústria não conseguirá nos atender”, disse. Mesmo com a dificuldade na fabricação de veículos, as locadoras conseguiram aumentar a frota ao reduzir o número de vendas de seminovos no mercado. A estratégia, entretanto, fez a idade média da frota saltar de 14,9 meses em 2019, nível mais baixo na base da Abla, para 27,4 meses atualmente. No ano passado, o carro mais emplacado pelas locadoras foi o Fiat Mobi, com 29,5 mil unidades. Em 2020, o líder tinha sido o Gol, com 38 mil unidades e em 2019 foi o Onix, com 84,8 mil unidades. O setor tinha estimativa de emplacar 420 mil veículos no ano, mas atingiu 441,8 mil carros — Foto: Pixabay Projeções O setor de locação de veículos deverá registrar um crescimento de dois dígitos no faturamento em 2022, estimou o presidente do Conselho Nacional da Abla, Marco Aurélio Nazaré, nesta terça-feira (8). Em 2021, o segmento registrou faturamento líquido de R$ 20,6 bilhões, crescimento de 8,4% na comparação com o registrado em 2019, recuperando-se assim do impacto da pandemia. Em 2020, o faturamento havia sido de R$ 15,3 bilhões. “O crescimento na receita virá diante fatores como a entrada de mais carros SUV”, disse, sinalizando espaço para crescimento no ticket médio. O segmento de locação viu no ano passado uma forte demanda, que ajudou a sustentar o ticket médio em níveis históricos nas principais locadoras do país. No ano passado, o número de locadoras no Brasil atingiu 13,9 mil, crescimento de 26% na comparação com 2020. Os dados são do Ministério da Economia e compilados pela Abla. Crescimento de 12,8% “Existe grande discussão de que 2021 não era propício para criação de novas locadoras por causa do desafio na compra de veículos. Mas com o mercado aquecido você atrai atenção de investidores e pessoas querendo entrar no setor”, disse Miguel Junior. Eles destacaram que o número representa as locadoras ativas no Ministério da Economia, porém pode ser que nem todas estejam em operação. A maioria delas, por sinal, é de pequenas empresas, que atuam em segmentos específicos, como de aluguel para motoristas de aplicativo. Nazaré destacou que para este ano o setor deverá enfrentar novamente desafios na compra de veículos. “Existe expectativa que a partir do segundo semestre vamos ter indústria com produção maior. Mas é bom lembrar que não temos capacidade forte sem produção no terceiro turno nas montadoras”, disse. Hoje, as montadoras basicamente operam com dois turnos. O cenário de investimento por parte das montadoras vai depender da estabilização da economia, normalização no fornecimento de peças e o fim da eleição no Brasil — período que traz bastante instabilidade. Sobre aluguel para motoristas de aplicativo, o cenário continua apertado. Embora as locadoras maiores estejam reduzindo a locação para estes clientes e priorizando o aluguel de carros (RAC), os executivos da Abla explicaram que o cenário de alta nos combustíveis tem tirado muitos motoristas do mercado. Desconto na compra O desconto das locadoras brasileiras na compra de veículos junto a montadoras caiu de algo entre 10% e 12% para perto de 6%, destacaram diretores da Abla. A queda nos descontos chega com os desafios para a produção de veículos ante a ainda escassa oferta de peças. “Tivemos aumento de preço grande e redução de desconto por parte das montadoras, mesmo em contratos fechados. Tivemos renegociações o tempo todo”, disse Nazaré. Segundo o Nazaré, os preços de carros novos e usados chegaram no limite afetado pela capacidade de compra de consumidores, assim como o aumento no custo das operações financeiras. Questionado sobre o anúncio do governo de redução do IPI para os veículos (queda na casa de 18,5%), Nazaré disse que o governo adotou o passo para aquecer um pouco a venda no varejo, que “está andando de lado”. O desconto, entretanto, foi prejudicado pelo aumento de preço do carro no mercado. “Não houve redução prática nesse primeiro momento, apesar de a intenção ter sido importante”, disse. Fonte: valor.globo.com


Crescimento de 12,8%


 
 
 

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