Locadoras podem salvar vendas de carros em 2022
- Blog das Locadora
- 25 de abr. de 2022
- 3 min de leitura
Segundo calcula a associação dos fabricantes de veículos, a Anfavea, existe demanda represada das locadoras de 600 mil veículos leves. Locadoras podem salvar a vendas de carros. As locadoras não puderam renovar suas frotas porque as fábricas não conseguiram atender todas as encomendas nos dois últimos anos, não produziram por falta de componentes eletrônicos, os semicondutores.
A falta de produtos, em combinação com o declínio do poder de compra dos consumidores, vem causando forte retração das vendas no país. Os 375 mil emplacamentos de automóveis e comerciais leves no primeiro trimestre de 2022 representam queda de quase 25% sobre o mesmo período de 2021. É o volume mais baixo desde 2006, ou 16 anos. Existem perspectivas não confirmadas de aumento no fornecimento de semicondutores a partir do segundo semestre. Mas inexistem expectativas de melhoria do cenário econômico para o consumo, via aumento de renda ou queda de juros e preços. Todas as projeções apontam para quadro igual ou pior até o fim do ano. Com retração da atividade econômica e provável queda do PIB. Com isso, a esperança de atingir a projeção da Anfavea de vender 2,1 milhões de veículos leves em 2022 recai em boa medida sobre as vendas diretas às locadoras, E não só para locações tradicionais. Mas também para terceirização de frotas e os novos serviços de compartilhamento e assinaturas de veículos administrados por essas empresas. Resta lembrar que locadoras não estão imunes ao cenário econômico. Podem ter demanda represada dos dois últimos anos, mas vão desistir de ir às compras assim que baixar a procura pelos seus serviços. Vendas diretas em queda O paradoxo é que normalmente as locadoras querem comprar em maior volume justamente o que as montadoras estão produzindo menos: os carros mais baratos. Com a falta de chips, os fabricantes direcionam os componentes para produzir os carros mais caros e rentáveis. O fato é que vendas diretas vêm perdendo participação. No fim de 2019, antes dos estragos da pandemia, representavam 46% dos emplacamentos. E em 2020 essa proporção caiu marginalmente para 44%, na sequência desceu a 43% na média de 2021. No anômalo primeiro trimestre de 2022 a proporção despencou para 39%. O nível mais baixo em anos. Enquanto as vendas de varejo nas concessionárias subiram a 61% do total. Contribui para esse resultado a retração das vendas às pessoas com deficiências, os PcDs. Embora sejam negociadas em concessionárias, são contabilizadas com faturamento direto da fábrica ao comprador. Com novas regras mais restritivas, as compras de PcDs caíram da média de 7 mil/mês em 2021 para 4,5 mil/mês agora. Segundo calcula a Anfavea. Resultados abaixo das projeções Apesar de ter feito projeções no início de 2022 já esperando que a falta de semicondutores fosse limitar o mercado, a associação dos fabricantes, Anfavea, reconhece que os resultados do primeiro trimestre estão abaixo do que já é considerada uma visão conservadora. Pelos lado da oferta, a Anfavea esperava que as fábricas produzissem 525 mil veículos no primeiro trimestre. Mas o resultado foi de 496 mil. “Estamos falando de uma diferença de menos de 30 mil unidades. É possível compensar nos próximos meses”, avalia Luiz Carlos Moraes, presidente da entidade. Pelo lado da demanda a situação é um pouco pior. A Anfavea estimava a vendas domésticas de 450 mil veículos. E foram efetivadas 405,7 mil (incluindo automóveis, utilitários leves, caminhões e ônibus). Ou seja 44,3 mil unidades abaixo do esperado. “Com inflação, alta dos juros e queda da renda, de fato temos mais riscos nas vendas de varejo”. Pondera o presidente da Anfavea. “Esperamos que o balanço do ano com maior demanda no atacado, para atender pedidos das locadoras, seja suficiente para atingir nossa projeção. Estima crescimento pequeno este ano, de apenas 8,5%. Pois são apenas 180 mil veículos a mais do que vendemos em 2021”, avalia Moraes. Fonte: terra.com.br
RETIRADO DE: https://www.blogdaslocadoras.com.br/
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