Lucro da Movida cresce 60% no semestre
- REDAÇÃO AB
- 4 de ago. de 2022
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Empresa registra resultados positivos em todas suas áreas de negócios; locação de veículos aproveita boa fase do mercado
A Movida encerrou o primeiro semestre com aumento de 57% do seu lucro líquido sobre aquele registrado pela companhia em igual período no ano passado. Segundo balanço da empresa, divulgado na terça-feira, 2, os ganhos somaram R$ 449,9 milhões nos primeiros seis meses do ano.
A receita no período foi de R$ 4,2 bilhões, 112% a mais que o valor registrado no primeiro semestre de 2021. Segundo o CEO Renato Franklin, o resultado é fruto de uma maior aquisição de veículos no mercado por preços menores, além de uma elevação do ticket médio na venda dos ativos pela unidade de negócios de seminovos.
"O que estamos vendo são os resultados da transformação que estamos fazendo de renovar a frota e digitalizar a experiência do cliente", afirmou o CEO da Movida, Renato Franklin. "Ter a frota mais nova permite uma cobrança diferenciada."
Aluguel puxa o lucro da Movida
Separando por áreas de atuação, a Movida registrou receita líquida de R$ 1,2 bilhão no primeiro semestre com os negócios que envolvem o aluguel de veículos. O valor supera em 74,3% aquele verificado pela companhia em igual período em 2021. A receita com gestão de frotas somou R$ 838 milhões, alta de 132% na mesma base de comparação.
Já a receita líquida obtida com a venda de veículos seminovos também cresceu 132% no comparativo anual entre os semestres, somando R$ 2,2 bilhões. A empresa vendeu no período 33,7 mil veículos, 90% a mais do que o volume comercializado no primeiro semestre do ano passado. O preço médio por unidade saltou 23%, chegando a R$ 65,6 mil, um recorde histórico para a companhia.
A Movida também aumentou sua rede no país no primeiro semestre. De acordo com o balanço, o número de pontos de vendas de seminovos saltaram de 73 unidades, no primeiro semestre do ano passado, para 86 lojas. Já as unidades de aluguel foram de 199 unidades para 223 unidades.
Resultados do segundo trimestre
A Movida obteve lucro líquido de R$186,8 milhões no segundo trimestre de 2022, 7,4% a mais no comparativo com o mesmo período do ano passado. A receita líquida no período foi de R$ 2,3 bilhões, com crescimento de 90% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
A receita com o segmento de locação (rent-a-car e gestão e terceirização de frota) foi de R$ 1 bilhão. Enquanto os seminovos geraram R$ 1,2 bilhão em receita para a empresa.
O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 905,3 milhões, 133% de aumento em relação ao período no ano passado (R$ 388,5 milhões), com margem EBTIDA de 11% no período.
Locação de carros
Apenas a locação de veículos correspondeu por R$ 700 milhões do EBITDA no período de abril a junho, quase o dobro do valor do segundo trimestre de 2021. Os resultados refletem a boa fase do mercado de locação - que tem grande demanda por aluguel de carros e diária mais cara (em média, R$ 127 na Movida). No rent-a-car a empresa teve receita de R$ 2,2 milhões no segundo trimestre. A receita mensal por carro chegou ao seu maior patamar: R$ 2.973,31.
A gestão e terceirização de frotas gerou receita de R$ 1,4 milhão no segundo trimestre em 2022, mais que o dobro dos três primeiros meses. Segundo o CFO da Movida, Edmar Lopes, o segmento ganhou mais atenção da empresa e deve seguir em crescimento mais que o rent-a-car, uma vez que “os contratos são de longo prazo, trazem mais resiliência e menos volatilidade às receitas da empresa”.
Frota em expansão
A renovação de frota está no centro da estratégia da locadora, que busca atender aos usuários dispostos a pagar mais por um veículo mais novo. Em um ano, a empresa ganhou um milhão de clientes.
No comparativo entre o primeiro semestre deste ano com 2021, a frota da Movida cresceu 56%, de 134 mil para 207 mil veículos. A idade média dos veículos para locação diária na Movida é menor que um ano, enquanto a idade média dos veículos de gestão e terceirização de frotas é de um ano e meio.
Nos próximos balanços, apesar da previsão do aquecimento do mercado de locação, a Movida pode ter crescimento menor da frota. “O mercado tem bastante espaço para crescer, mas nosso foco será em aumentar a rentabilidade operacional e aumentar a geração de valor”, disse Franklin.
Veículos seminovos
A Movida registrou ainda o seu maior volume de seminovos, com 18.474 carros vendidos e ticket médio de vendas de quase R$ 67 mil. A receita líquida do negócio foi de R$ 4,9 milhões, o dobro da anotada dois anos atrás. O EBITDA de R$ 205,2 milhões se mantém estável trimestre a trimestre.
RETIRADO DE: https://automotivebusiness.com.br/pt/posts/?page=2



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