Nissan projeta lucro 'estável' e aumentos nos custos devido à pandemia
- REDAÇÃO AB
- 16 de mai. de 2022
- 2 min de leitura
Marca japonesa aponta crise de semicondutores e encarecimento de matéria-prima como vilões
A Nissan Motor Co. espera não obter crescimento no lucro operacional para o ano fiscal. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters, que atribui a projeção a fatores como a escassez global de chips, aos altos custos de matérias-primas e à volta das restrições impostas na China por conta do coronavírus.
Segundo o CEO da NIssan, Makoto Uchida, a cadeia de fornecedores virou um desafio para a indústria, uma vez que as decisões do setor podem mudar rapidamente em consequência dos eventos que acontecem em tempo real. Recentemente, outra japonesa, a Toyota, também revelou que os gastos com matéria-prima podem custar até um quinto dos lucros da empresa em um ano inteiro.
Pandemia volta a atrapalhar
O executivo acredita que a “situação incerta” em torno do futuro da cadeia de fornecedores (sobretudo devido ao novo lockdown decretado na China) é o maior risco para as montadoras. Por ora, a Nissan projeta um crescimento de vendas de 18,7% no ano fiscal atual, atingindo a cifra de 10 trilhões de ienes (ou US$ 77,6 bilhões). No entanto, o lucro operacional cresceria apenas 1% e chegaria a 250 bilhões de ienes.
"A falta de semicondutores é o novo normal, assim como a pandemia, e temos de lidar com isso porque não é algo que vai terminar amanhã", afirmou o diretor operacional da Nissan, Ashwani Gupta.
A montadora espera que os custos com matéria-prima e logística aumentem 150% no o ano fiscal iniciado em abril, sendo que mais da metade desse volume é atribuído ao aço e alumínio. A projeção ainda inclui um gasto adicional de 45 bilhões de ienes em custos de logística.
Apoio à Renault
Uchida afirmou que a Nissan dará apoio à parceira Renault na separação de sua divisão de veículos elétricos, mas ressaltou a necessidade de discutir com a cúpula das empresas se a medida fortaleceria a aliança.
Em abril, a marca francesa revelou que cogitava diversas possibilidades para promover a separação da gama de elétricos do restante da linha Renault, incluindo a abertura de uma oferta pública de ações.
Ao mesmo tempo, a decisão levantou boatos de que a Renault poderia diminuir sua porcentagem de ações na aliança com a Nissan.
Hoje, a Renault detém 43,4% da Nissan, que tem 15% de ações sem direito a voto nas decisões. Há anos a estrutura da aliança é motivo de descontentamento pelos lados da empresa japonesa.
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